sábado, 15 de setembro de 2012

Esboço em Salmo 19


Salmo 19 – Parte III

“Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa. Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhorie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!”
Salmos 19:11-14


I.        A Responsabilidade do Homem

     a.    Guardar a lei do Senhor (v.11)
                1.    Somos aconselhados por ela;
                2.    Recebemos a recompensa.
     
     b.    A lei do Senhor revela nossos pecados, por isso devemos nos arrepender deles (v.12)
     
     c.    Precisamos ficar livres do orgulho de pensar em viver sem Deus (v.13)
            ·   Quando nosso orgulho é retirado vivemos humildemente na presença do Senhor.

     d.   Quando meditamos na Palavra de Deus elas guardam nossos passos, pois é Deus quem nos guarda (v.14)

Lição Prática:

Devemos aprender a guardar, meditar e a praticar tudo aquilo que a Palavra de Deus nos aconselha e ordena. Pois ela é nossa única regra de fé e pratica, sendo a palavra pura e verdadeira que nos conduz no caminho verdadeiro.

domingo, 29 de abril de 2012

Jesus Cristo no Antigo Testamento

Jesus Cristo no Antigo Testamento
 Parte I - (João 1.1-3)

Introdução

O livro de João é o evangelho que expressa a verdade da divindade de Cristo, de modo que não somente o apresenta como “o  Cristo”, ou “o Filho de Deus”, mas como “o próprio Deus”.
Toda a Bíblia, desde Gênesis até Apocalipse aponta para Cristo. Cada livro, separadamente, tem uma característica específica de apresentar em um panorama contínuo a presença de Jesus Cristo em toda a história e aponta para uma data específica que podemos caracterizar como os Evangelhos.
Porém, vamos descrever este personagem da forma como o conhecemos. Vamos estudar quem Ele era, seus hábitos, seus ensinos, seus relacionamentos, sua trajetória terrena e, por último, a condução de toda a história do Antigo Testamento até o Novo Testamento, referindo-se a este Homem.

I.                    Quem é ele

De todos os personagens da história não houve quem pudesse ser tão notório quanto o próprio Jesus, e também toda a sua vida.
Pense. Ele foi o homem que dividiu a história em duas: a.C e d.C. Que homem na história conseguiu realizar os feitos, comprovadamente,  como Jesus? Que homem na história conseguiu chamar a atenção de cientistas, arqueólogos, historiadores e, praticamente, todas as nações ao ouvirem a sua voz?
Quem é este homem? Verifiquemos, primeiramente, a sua família:

a.       É o filho de uma Judia (Lucas 1.26-31, 38)

Maria era o seu nome. Algumas características de sua pessoa:

v. 28 – Agraciada: Qual das mulheres da Bíblia vemos sendo chamada de agraciada? Maria recebeu esse título do anjo enviado pelo próprio Deus. E a ela foi dado por ser a mulher escolhida para trazer ao mundo o salvador.

Obs.: As mulheres judias esperavam o dia em que uma delas daria a luz ao salvador, e Maria foi escolhida. O maior presente que uma mulher poderia ganhar foi dado a Maria. Por esse motivo ela era bendita entre todas as mulheres do mundo.

                v.29 – Prudente: Todas as coisas que lhe eram ditas, Maria as guardava no coração e meditava nelas.
Imagine uma mulher recebendo a visita de um anjo, lhe dizendo que seria bendita entre todas as mulheres! A primeira coisa que deve ter passado na mente de Maria foi a pergunta: “Por que eu sou bendita entre as mulheres”?

                v.38 – Corajosa: A coragem que Maria demonstrou em aceitar este plano de Deus em sua vida foi muito grande.

Obs.: Na cultura judaica, os noivos eram considerados como casados. O compromisso entre os dois era imenso. Se a mulher se achasse grávida no período de aproximadamente um ano de noivado, ela era considerada adúltera e digna de morte. Mas ela aceitou o fato, mesmo sabendo desse risco de vida.

Um exemplo de fé e prática da fé para cristãos, tanto mulheres quanto homens, mas deixarei este exemplo somente para as mulheres.

b.      É o filho adotivo de um carpinteiro (Mateus 1.18-20, 24-25)

O carpinteiro José. Vejamos algumas características:

v.19 – Justo: Homens, imaginem-se no lugar de José, recebendo a notícia de que a sua noiva estava grávida e, ainda por cima, que o feto havia sido  gerado pelo Espírito Santo e que um anjo lhe trouxe essa notificação, vocês acreditariam?

Obs.: Quando um homem achava sua mulher grávida nesse período de tempo, ele tinha a responsabilidade de levar a sua noiva perante a sociedade para que fosse apedrejada. Mas José fez justamente o contrário. Você faria o que ele fez? A responsabilidade sobre a gravidez de Maria cairia sobre seus ombros, pois ele aceitou e não falou para ninguém. Todos achariam que ele a engravidara e não a queria mais, podendo dar carta de divórcio, sem arriscar a vida dela.

                v.20 – Prudente: Ele não somente a deixou secretamente, mas procurou juntar os fatos em sua mente. Ele não estava entendendo como Maria poderia ter feito aquilo com ele. Com certeza, ficou com dúvidas quanto à veracidade das palavras dela. Ele conhecia o seu caráter e sabia quem ela era.

v.24. – Obediente: Para um homem seria difícil acreditar nas palavras de uma mulher que estava grávida fora do casamento, quanto mais ela dizendo que tinha sido pelo Espírito Santo. Por esse motivo, Deus enviou o anjo novamente e mostra a José a verdade sobre o que estava acontecendo. E ele aceitou o seu papel de pai do Filho de Deus.

Obs.: Imaginem a dificuldade desta família, pois mesmo ele a aceitando, eles ainda estavam no período de noivado, e ela estava grávida. Se José não a entregasse, ninguém mais poderia fazê-lo, mas as pessoas veriam o que estava acontecendo e, com certeza, falariam de ambos, que é justamente o que aconteceu na discussão entre Jesus e os fariseus (João 8.41).

c.       É o filho de Deus

O mais grandioso de tudo é que Cristo é o filho de Deus e, sendo o Filho de Deus, ele é o próprio Deus.

João 3.16 – O mais importante e inegável versículo em que resume toda a história e planos de Deus que estão nos 66 livros da Bíblia;
João 3.35-36 Jesus é reconhecido novamente como Filho de Deus;
Gálatas 4.4 – Jesus, O Filho de Deus, veio no tempo exato, ou na Plenitude do tempo;
Hebreus 4.14-16 – A maravilhosa graça que nos foi dada gratuitamente pelo Filho de Deus, nos concede a salvação do bem mais precioso que possuímos, nossa alma, da condenação eterna.


II.                  Como ele viveu

Jesus Cristo:
                O Rei messias, como apresenta Mateus – indicando a chegada do Reino de Deus perante a humanidade;
                O servo, como apresenta Marcos – representando a humildade e a servidão que Jesus devotava a Deus em todo e qualquer momento, e que não parava para descansar, pois sabia da importante missão que possuía;
                O Filho do Homem, como apresenta Lucas – no intuito de escrever a gregos, ele mostra Cristo com a perfeição com a qual o messias vivia;
                O Filho de Deus, como apresenta João – com o fim de apresentar a reponsabilidade e o amor que Deus teve para conosco de nos dar a salvação, mesmo sendo todos merecedores da condenação eterna no inferno.

                Ele veio a este mundo para nos salvar, e para nos dar o exemplo de como vivermos, mostrando as características essenciais, na prática, de como agradarmos a Deus e vivermos uma vida pela qual fomos chamados a viver.

III.                Porque ele viveu (João 1.14)

a.       Jesus encarnou como homem

Como pôde o próprio Deus se despojar de toda a sua glória, descer do seu trono e se igualar ao homem? Imagine se fosse você, largaria tudo para vir ao mundo por causa de alguém? Você se acha justo o suficiente para que o próprio Deus o amasse tanto ao ponto de vir, viver e morrer por você?

b.      Jesus veio por três razões:

1.       Viver uma vida exemplar – Jesus cumpriu toda a lei, algo que seria impossível ao homem. Para o homem basta pecar uma vez para ser pecador. Mas Jesus suportou todas as tentações, todas as dificuldades, todos os tormentos, e todas as investidas do mal, mas não pecou em nada.

2.      Viver para mostrar a glória de Deus – claramente Ele mostrou a Sua glória em todos os seus feitos: milagres, vivência, caminhada, relacionamentos.
        Como temos mostrado a glória de Deus: como um microscópio, ou como um telescópio?

Obs.: microscópio aumenta aquilo que é minúsculo; telescópio mostra a magnitude daquilo que é imenso de forma que possamos ver e contemplar.

3.      Morrer para nossa salvação – em qualquer religião ou seita, as suas divindades olham para os homens e zombam deles. Há uma enorme separação e nenhuma procura de reconciliação e relacionamento. Mas em Deus podemos encontrar um pai, um amigo, alguém que nos ama, mesmo sendo pecadores, e nos providenciou um modo de chegarmos a Ele que foi através da morte de Seu próprio filho.

IV.            O que ganhamos com a sua morte

Absolutamente nada

                Ao morrer Jesus experimentou o inferno por algumas horas, pois Deus virou as costas para ele. Jesus, por algumas horas, experimentou ficar longe da presença total de Deus, pois todos os nossos pecados estavam sobre ele. Mas mesmo assim nós não ganhamos nada com isso.
O alicerce da nossa fé não está baseado na morte de Jesus Cristo, mas na sua ressurreição, onde venceu a morte, pois se ele tivesse continuado morto a nossa pregação seria vã. Mas no momento em que ele morreu e ressuscitou, a nossa fé se torna perfeita.
A obra de Deus na salvação do homem se consumou na cruz e nos deu esperança no túmulo vazio. Muitos consideram a cruz como símbolo dos cristãos, mas o símbolo cristão deve ser o túmulo vazio (I Coríntios 15.12-14, 17-19).

Aplicação

                Devemos viver de modo digno como Cristo, para que façamos jus ao sacrifício feito na cruz e a esperança que nos foi dada pela ressurreição do Senhor.

Verificação

                Todos os dias, seja trocando a roupa, ou escovando os dentes, ou lavando as mãos para as refeições, ou se maquiando, ou qualquer coisa que você estiver fazendo, que tiver a oportunidade de se olhar num espelho, pense: “Cristo morreu por mim; o que eu estou fazendo por Ele?”.

domingo, 25 de março de 2012

Esboço em Salmo 19

Salmo 19 - Parte II

"A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos."
Salmos 19:7-10

 I. A Palavra de Deus

Nos versículos de 7 a 10 verificamos que há uma série de características sobre a Palavra de Deus, sobre o que ela é e as consequências de suas características. Por esse motivo é importante ler, estudar e meditar em suas palavras para entendermos todos os seus significados e a relevância destes em nossas vidas.

a.    A Lei do Senhor:
1.    Característica – é perfeita;
2.    Consequência – restaura a alma;

b.    O Testemunho do Senhor:
1.    Característica – é fiel;
2.    Consequência – dá sabedoria (Um grande exemplo da sabedoria dada por Deus foi quando Pedro e João estiveram perante o Sinédrio – Atos 4.13);

c.     Os Preceitos do Senhor:
1.    Característica – são retos;
2.    Consequência – alegram o coração;

d.    O Mandamento do Senhor:
1.    Característica – é puro;
2.    Consequência – ilumina os olhos;

e.      O Temor do Senhor:
1.    Característica – límpido (transparente – fácil de perceber e entender);
2.    Consequência – permanece para sempre;

f.        Os Juízos do Senhor:
1.    Característica – são verdadeiros;
2.    Consequência – Justos;

Obs.: todos os juízos do Senhor são justos. O homem pode acertar em alguns julgamentos, mas sempre acaba errando em outros.

                É tão doce quanto o próprio mel, pois é o ouvir a voz do próprio Deus dizendo como se deve viver. E a medida que experimenta-se esses momentos de aprendizado com Ele, fica aquele gosto de voltar a ter mais e mais momentos deliciosos dentro de uma intimidade grandiosa com o próprio Deus.

Lição Prática:

                Devemos aprender a degustar da palavra de Deus e experimentar o que ela nos dá de melhor dia após dia através do devocional diário, ou seja, de um tempo reservado somente para nós e Deus.

Continua.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Esboço em Salmo 19

Salmo 19 – Parte I

“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, o qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor.”
Salmos 19:1-6


I.        A Glória de Deus

a.    v.1 – Os céus e o firmamento são todas as coisas criadas por Deus, que podemos ou não vê-las, mas todas demonstram a veracidade de Sua perfeita e exclusiva existência.

1.    Deus nunca tentou provar a Sua própria existência. As Escrituras Sagradas somente relatam o mesmo, e por si só já é o suficiente para a crença em um Deus tão magnífico e maravilhoso.
2.    Como negar a Sua existência em meio ao tamanho do universo ou à minúscula bactéria? Não foi apenas uma obra do acaso, nem uma transformação progressiva de todas as coisas. A causa primeira sempre chegará a Deus, pois Ele é o Criador absoluto de tudo.

b.    v.2-4 – Como não há linguagem, mas a Sua voz pode ser ouvida até os confins da terra?

      A questão é simples: os escrever esse trecho, Davi se referia a um som verbal. (som verbal: é uma linguagem propriamente dita através de palavras, do qual o seu conjunto é chamado “dialeto”). Naquele momento não haveria som verbal algum, mas haveria o som não-verbal, cujo exemplo bem prático seria: o canto das aves, o som das águas, entre muitas outras coisas que nos produzem som e mensagem sem, no entanto, criar palavras de um dialeto.

c.     v.5-6 – É uma linguagem poética do salmista. Na antiguidade o sol era venerado como um deus (não que Davi cresse nisso – ele fez apenas uma comparação), mas aqui o salmista declara que por mais grandioso que o sol possa parecer, ainda assim foi Deus que o criou e o colocou no seu lugar.

Lição Prática:

Devemos aprender a amar e adorar a Deus de forma verdadeira, assim como toda a criação faz, e demonstrar a Sua glória através de nossas vidas, diariamente.

Continua.

domingo, 11 de março de 2012

Aplicações do Livro de Ageu

"Em nossos dias procuramos tantas verdades, em tantos livros, que nos esquecemos da verdade pura e simples, porém profunda, que se expande nas páginas do livro mais precioso e perfeito que existe, as Escrituras (Bíblia), que são nada mais ou nada menos que a Palavra (Única e Completa) de Deus."

Uma Mensagem Para Filhos
(Ageu 1.1-6)

Ageu é um livro cheio de verdades e aplicações para nossos dias.

CONTEXTO HISTÓRICO

1. Povo de Israel estava em cativeiro por 70 anos, e Deus permite que eles voltem para suas terras;
2. Eles voltam para as suas terras e começam a construir suas casas, mas esquecem primeiro de construir o templo, que era símbolo da Presença de Deus no meio do povo;
3. O problema não foi que eles estavam construindo suas casas, mas sim o tempo gasto nesse processo (aproximadamente 15 anos);
4. Eles esqueceram novamente o que causou os 70 anos de sofrimento no cativeiro, que foi justamente a separação que fizeram entre eles e Deus.

O pensamento do povo estava em:
"Vou construir minha vida, ajeitar minhas coisas, e depois eu sigo a Deus! Ele entende o que nós sentimos!"

Do mesmo jeito que o povo fazia naquela época de pensamentos mesquinhos iguais a esses, pensando em seus próprios confortos enquanto a vida espiritual estava igual a nada, nós fazemos hoje em dia, e por isso Deus repreende o povo.

Deus estava insatisfeito com o povo por causa de Sua casa. E por isso, por meio de Ageu, o profeta, Deus fala a [a] Zorobabel que foi o líder que trouxe o povo de volta a Jerusalém para reedificar a Cidade, [b] ao Sumo Sacerdote Josué que deveria representar o povo diante de Deus, e [c] ao Povo.

a. Deus acusa o povo com as próprias palavras deles (v.2);
b. Deus mostra porque o povo está tendo uma vida miserável física e espiritualmente (v.4-6);
c. Deus explica como se alegraria e daria bençãos físicas e, principalmente, espirituais ao povo (v.7-8).

Deus continua acusando-os de negligência e omissão por não fazerem nada por Ele. Mas, ao mesmo tempo Ele dá uma palavra de esperança, mesmo eles não merecendo. Deus elevou o ânimo do povo para fazerem a Sua vontade, e assim o mesmo povo rebelde se animou em fazê-la. E a partir daquele momento eles começaram a construir o Templo.

APLICAÇÃO

Devemos tomar cuidado em tentarmos nos ausentar de Deus, ou seja, buscar nossa própria vontade, mas devemos buscar a d'Ele. O motivo de muitos dos nossos planos serem frustrados é porque não são baseados nos planos de Deus. Por isso, não devemos esperar que tudo esteja do modo como queremos para depois voltarmos a ter uma comunhão com Ele, pois esse dia nunca vai chegar.
Deus estava propondo o povo de Israel que voltasse para Ele de todo coração, e é isso que Ele propõe a cada um de nós, que a nossa fé não seja fingida, mas pura, simples e verdadeira. Que tenhamos fé na simplicidade do Evangelho e confiança nos planos eternos e perfeitos do nosso Deus.